21 abril, 2016

Desejo do momento: um dia com 48 horas!

É disso que eu preciso. Não de dias maiores, como os de verão, mas de um dia com 48 horas.
Mais tempo, na realidade é disso que eu preciso!



Tempo? Sim.
Tempo para tudo, desde o mais essencial à mais básica das trivialidades. Preciso de tempo para estar próxima dos meus amigos (custa-me adiar constantemente uma mísera ida ao café ou um telefonema), tempo para conversar mais com a minha mãe, tempo para ir ao ginásio tranquilamente, tempo para cuidar de mim, tempo para acabar de ler um livro que tenho pendente, tempo para acompanhar o regresso da minha série do momento (Once Upon A Time), tempo para escrever no blog (queria tanto atualizá-lo com mais regularidade, são tantos os assuntos sobre os quais quero escrever), e, espantem-se, tempo para estar parada. É exatamente isso que leram: preciso de tempo para desligar, para ouvir o silêncio. Tempo para esquecer que o tempo existe e que somos cada vez mais reféns dos ponteiros do relógio.


«You will never find time for anything.
If you want time, you must make it.»
 Charles Bruxton


Por um lado, é tão bom estar ocupada. A sério. Há uns anos, quando estava desempregada, tinha tempo para tudo o que vos referi acima, mas não era tão feliz quanto sou hoje. Porque me faltavam propósitos, não me sentia útil. Nos últimos tempos tenho a sorte de estar a trabalhar e de me sentir bastante activa e estimulada a nível social. Não trocava isso por nada. Mas é claro que gostava que os dias tivessem mais horas para que eu conseguisse conciliar tudo aquilo que gosto na minha vida. Conciliar tudo não é fácil, cada vez mais as pessoas têm horários incompatíveis entre si. Mas quando há vontade aproveitam-se todos os "furos" na agenda para incluir o que é importante para nós. 

Hoje, por exemplo, estou de folga. Já fui uma hora ao ginásio, agora estou a escrever no blog (o que por si só já me deixa extremamente feliz e realizada), e mais tarde, possivelmente, vou dar mais atenção às pessoas que amo e (será pedir muito?), ver um episódio de  Once Upon A Time?!

E vocês, como gerem o vosso tempo livre?
Têm dias muito ocupados? Como conciliam todas as tarefas?

Obrigada por continuarem a visitar o Luz e Poeira e por todos os vossos comentários!

15 abril, 2016

Coincidências?!

«As coincidências às vezes são soluções que a vida encontra
para mudar o rumo da história.»


Destino? Intervenção divina? Uma mera coincidência? A vida é assim, toma-nos de surpresa, assume as rédeas do tempo presente. E nós ficamos atónitos a pensar em como a situação se desenrolou. Fomos parte integrante dessa mudança, é certo, mas parece tudo tão irreal que quase foge ao nosso alcance.
Cada vez mais me convenço de que as coincidências não existem. Tudo tem o seu propósito, tudo acontece com uma finalidade. Eu tenho provas disso. Uma simples acção, totalmente inconsciente, pode desencadear uma espiral de acontecimentos imprevistos. 
Por vezes o esforço é em demasia, tanto que não damos conta de que tudo tem o seu tempo determinado. Há que deixar os acontecimentos surgirem naturalmente. Pode levar tempo, é certo, mas, quando chega a hora, é possível presenciar grandes mudanças.


Não há coincidências. Tenho a certeza.

06 abril, 2016

Quando os programas de TV são doentios

Tive de mudar de canal. Há limites. Abordem temas interessantes, culturais, de iniciativas, de casos de sucesso, de novos artistas, de feitos inspiradores, de conquistas, de viagens, de humor. É disso que precisamos. As pessoas não querem ouvir falar de doenças. Eu, pelo menos, não gosto. Faz-me mal. É doentio. Tem uma carga muito pesada. Deixa-me incomodada, preocupada, assustada. Os programas de entretenimento deviam fazer isso mesmo: entreter, distrair, aliviar as tensões do dia-a-dia, e não produzir o efeito contrário nos telespectadores. Qual é a pessoa que depois de um dia de trabalho cansativo se sente bem ao chegar a casa e ser bombardeado com testemunhos de pessoas que sofrem de doenças graves? Atenção, não estou a falar de um caso. Num único programa, e pelo que fui ouvindo enquanto fazia outras tarefas, contabilizei três casos, três doenças diferentes, isto no espaço de duas horas. Depois disso tive de desligar, apesar da televisão só estar a servir como barulho de fundo. Mas, convenhamos, até assim me senti desconfortável.

Gettyimages
Sou a favor da população estar informada sobre estes assuntos, e é claro que os media têm o dever de prestar serviço público, mas vamos dosear isto um pouco! Concordo, e sou espectadora, das acções de sensibilização e alerta para as mais variadas doenças. É importante consciencializar as pessoas através de campanhas de prevenção, mostrar-lhes quais os principais sintomas a ter em conta e quais as novas terapêuticas. Excelente. Isso é informar. O resto é esmiuçar o tema, é mexer com o dedo na ferida, é explorar a dor das pessoas, é propagar um contágio de ideias negativas.

Ao invés disso, falem de saúde, de alimentos que curam, da prática de exercício físico, ou então de música, de bons livros, de peças de teatro, de amizade e de amor. Afinal, é isso que faz as pessoas felizes e cultas. Estes programas são mais direccionados para a população idosa, eu estava a ver por mero acaso. Felizmente tenho vários canais ao meu dispor, cada um com a sua temática, mas as pessoas mais velhas provavelmente não têm. Estão restringidas aos quatro canais generalistas, o que significa que vão estar a ouvir falar disto praticamente todos os dias e a focar a sua atenção em doenças. 
E não, não sou insensível perante os problemas dos outros, quando digo isto estou a pensar também nas pessoas que já sofrem de alguma patologia e que, com certeza, se querem abstrair disso.

Resumindo e concluindo: que haja informação, mas que não afundem as pessoas na desgraça. Os programas de televisão devem funcionar como um escape à vida, que por vezes pesa e dói, eu sei. Por isso, há que torná-la mais leve.