24 fevereiro, 2016

Zuckerberg e a nossa cegueira

Nem de propósito. O tema que abordei no último post (Tecnologia à Mesa) está, realmente, a ganhar contornos de outras dimensões.

Tudo começou no Mobile World Congress 2016, que decorreu no passado domingo, em Barcelona.
Mark Zuckerberg, conhecido fundador e CEO da rede social Facebook, fez uma aparição surpresa na Conferência da Samsung para falar acerca dos novos smartphones e gagets da marca. Até aqui, tudo normal. A questão é que o empresário norte-americano passou despercebido por entre a plateia, como se tivesse vestido o manto da invisibilidade de Harry Potter. Estranho?

Isso foi o que acharam os internautas ao verem esta fotografia, publicada pelo próprio Zuckerberg no seu perfil de Facebook. A imagem conta já com milhares de partilhas e está a lançar uma acesa discussão acerca do futuro da humanidade, numa era crescente em tecnologias.


A plateia estava a testar publicamente a câmara Gear 360 da Samsung, que no fundo são uns óculos de realidade virtual. Os jornalistas também participavam desse teste e estavam de tal forma alienados que ignoraram a passagem de Mark Zuckerberg, que parece ser a única pessoa lúcida na imagem. Só quando retiraram o aparelho é que se aperceberam de que o CEO estava na sala e começaram a disparar as habituais perguntas.

Mark Zuckerberg considera que estes aparelhos poderão permitir a criação de uma nova plataforma social, tendo como base a tecnologia de realidade virtual. O que nos remete a uma antevisão do futuro que muitos consideram "arrepiante".


Muitas comparações surgiram entre este acontecimento e o famoso filme Matrix, em que as pessoas são usadas e controladas através da tecnologia e lutam para se livrar do domínio das máquinas, numa era de Inteligência Artificial. A distância entre a ficção e a realidade parece estar a diminuir e há quem considere que este é apenas o prenúncio do futuro. As reacções gerais são de espanto e incredulidade, de um certo receio. Até que ponto tudo isto se poderá tornar numa tenebrosa realidade daqui a cinquenta anos? Não se está apenas a testar tecnologia avançada, os paradigmas estão a ser invertidos. Está a crescer uma dependência humana para com softwares eletrónicos, e surge a questão: usamos as máquinas ou estamos a ser usados por elas?

As questões surgem incessantemente e teme-se o retrato de uma sociedade isolada, incapacitada de pensar, embrenhada na ilusão de um mundo virtual, esquecida do seu papel na sociedade e à mercê dos grandes líderes.

«Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse a interação humana.
O mundo terá uma geração de idiotas.»
 Albert Einstein.

22 fevereiro, 2016

Tecnologia à mesa: Garfo, faca, e telemóvel

Para além da sobremesa, que em muitos casos se torna dispensável pelas calorias extra, estamos também a incluir nas nossas refeições algo que não é muito recomendável: a tecnologia! De acordo com um estudo da Marktest sobre os hábitos à refeição, estima-se que 81% dos inquiridos reconhecem que a utilização de aparelhos tecnológicos prejudica as relações interpessoais. Contudo, 70% admitem fazer uso do telemóvel durante as refeições.

phys.org

O estudo foi recentemente divulgado nos meios de comunicação social e só veio confirmar, em números, uma situação recorrente que está à vista de todos. Quero partilhar convosco uma cena (pouco) familiar a que assisti e que me fez pensar. 
Fui jantar a uma pizzaria, há cerca de uma semana, para comemorar o dia dos namorados. Não será o melhor menu para quem deseja emagrecer, e nem o mais requintado, mas era o que me apetecia! A pequena sala estava cheia e, ao meu lado, estava uma família esfomeada: um casal e os seus dois filhos. Eram espanhóis, percebi logo pela pronúncia, apesar de pouco terem falado.
Eu tive de esperar meia-hora até que a minha pizza familiar (metade frango e natas/metade tropical), estivesse pronta. E, nesse espaço de tempo, pude conversar e observar.
Comecei por invejar o banquete que chegava à mesa do lado: duas pizzas familiares, seguidas de batatas fritas com ketchup e, para finalizar, um cestinho de pão. E eu, nessa altura, ainda com o estômago vazio. 
Depois, - chegou agora a parte importante -, vi as crianças, que não deviam ter mais de 10 anos, a pegarem nos seus tablets, um para cada uma, e a verem vídeos no dito aparelho. 

Confesso, fiquei estupefacta. Os miúdos não esperaram sequer pelo fim da refeição, que até era apetitosa, para se agarrarem ao tablet. Nada disso. Cada um olhava para o ecrã enquanto iam comendo a pizza ou tirando uma batata com a mão. Os pais comiam e lá diziam alguma coisa entre si, mas espantou-me o facto de não falarem com os filhos, que estavam mesmo ali à frente. Não havia uma coesão familiar naquele momento, era cada um para seu lado, com os seus interesses. E, apesar de ser algo comum nos dias de hoje, achei estranho. Senti-me incomodada. E depressa percebi por quê.


Eu faço o mesmo. Gostava de dizer que sou um bom exemplo, que não faço parte dos tais 70% referidos no estudo, mas infelizmente faço. Eu própria, em cafés e restaurantes, procuro sempre a senha para o WiFi. E acho que foi isso que me chocou. Quando olhei para a refeição daquela família e para o comportamento, totalmente alheio, das crianças, pude ver-me retratada, de certa forma. Dizem que a nossa percepção se torna diferente quando nos vemos a nós próprios. Neste caso, não tenho nenhuma câmara em casa para me poder analisar, mas tenho a capacidade de observar os outros e de me rever, ou não, nos seus comportamentos.

É frequente mexer no telemóvel durante as refeições. E não me orgulho muito de reconhecer isto. A minha mãe costuma chatear-se comigo e chamar-me a atenção. Diz que está a falar para mim e que eu nem a oiço, ou então que não lhe respondo. Shame on me. A verdade é que, sem nos apercebermos, este mundo virtual nos suga. Parece que o tempo é sempre pouco para se ver as notificações do facebook, as fotos novas que publicaram no instagram, para assistir aos vídeos do youtube, para responder a uma mensagem do nosso melhor amigo. Parece que não dá para deixar isto para mais tarde, como se depois da hora do jantar todas essas atualizações já não estivessem ao nosso alcance. Claro que vão estar disponíveis! Mas parece que preferimos focar a atenção nisso a passar tempo de qualidade com os nossos.

Isto é algo extremamente preocupante. E, ao contrário do que se possa pensar, não é um problema só dos jovens. Os mais velhos, que em grande parte também já se renderam às tecnologias, comportam-se da mesma forma. Não digo que o façam às refeições, porque ainda associam esse momento a um ambiente de reunião familiar, mas quando estão na sala também parecem descartar o convívio e abraçar os computadores e televisões. 


Dou por mim a pensar em como seria a comunicação e as relações há sessenta anos atrás, durante a juventude dos meus avós. A tecnologia trouxe-nos, de forma inegável, diversos benefícios, mas há que ter consciência da forma abusiva com que a estamos a utilizar. Estamos a trazer máquinas para as nossas mesas. Estamos a perder o contacto com as pessoas. Estamos, a pouco e pouco, a perder a voz quando vamos ao café com os amigos, porque preferimos conferir o que se passa online. Não é assustador?

Há pessoas que, para se livrarem deste vício que vai minando relações, estipulam dias da semana para estarem totalmente off. Nada de tecnologias, nada de ecrãs, nada de redes sociais nem jogos online. Realidade, sê bem-vinda! Também sei de casos em que se banem os aparelhos electrónicos durante as refeições, e concordo plenamente com isso. Aliás, ando a esforçar-me para fazer o mesmo. O importante nesta vida são as pessoas e não há tecnologia que as substitua. Portanto, que saibamos fazer uma gestão do nosso tempo, das nossas práticas, e interiorizar que há um horário para o mundo virtual e outro, distinto, para as pessoas. Que não haja deturpações. Porque são as pessoas que nos amam. Porque são as pessoas que nós amamos. 

20 fevereiro, 2016

As temíveis idas ao centro comercial

Estou mudada. Nem me reconheço. Mas isto está mesmo a acontecer comigo?! A simples ideia de pôr os pés num centro comercial agonia-me. Está a crescer em mim uma relação de amor-ódio. Não é que eu não goste de fazer compras, pelo contrário, sou daquelas pessoas que mesmo não precisando de nada encontro sempre algo que passa a fazer parte da minha wishlist. Até porque sou um bocadinho vaidosa e perco-me, especialmente, nas lojas de cosméticos e maquilhagem. 
Então, estarão vocês a perguntar, o que é que me incomoda nestas superfícies comerciais?

Aqui fica a lista. 




1 - Andar sem parar
Já andei mais de duas horas num shopping. Atenção: de saltos altos. Este pormenor tem o poder de duplicar a sensação temporal e o cansaço na mesma proporção. Sim, podia ir de ténis. Mas se calhar sou mais do que só um bocadinho vaidosa.

2 - Dores de cabeça
Talvez ninguém estivesse à espera desta. A verdade é que sempre que fico muito tempo num centro comercial de um lado para o outro, a entrar e a sair de lojas, começo a ficar um pouco tonta e com dor de cabeça.

3 - Preguiça de experimentar roupa
É verdade. Principalmente nos meses frios. Uma pessoa vai toda agasalhada, parece uma cebola com tantas camadas de roupa... e depois tem de despir tudo nos provadores para ver se aquele é o tamanho certo e se a cor lhe fica bem. Hum,hoje não. 

4 - Pouco dinheiro para tanto bom gosto
Sempre que pego num casaco, numa mala, em seja o que for, assusto-me com o preço. (Ainda não mencionei que sou forreta). Mas às vezes o valor deixa-me de boca aberta, principalmente quando acho que aquela peça não tem uma qualidade assim tão boa. Nos outros casos, convenço-me que tenho pontaria para o que é bom (e caro). Hum, hoje também não.


5 - Comprei, mas não gostei
Já aconteceu a alguém? Aposto que sim. Há quem vá aos saldos e perca a cabeça. E depois fica-se em casa com uma data de coisas sem utilidade e que, afinal, nem nos ficam assim tão bem como na loja. É a chamada compra por impulso. Resultado: tempo e dinheiro perdido! 

6 - Sufocada dentro das lojas
Se for ao fim de semana então é para esquecer. Principalmente numa loja cujo nome começa por P e acaba em K. Sei que já adivinharam e estão a concordar comigo neste momento. Aquilo chega a ser um caos! Mal consigo passar pelos corredores com tanta gente, as roupas estão todas misturadas e caídas no chão, e quase sempre perco de vista as pessoas com quem fui. O que é certo é que mesmo assim, lá vou. Às vezes o sufoco compensa.



7 - Não há o meu número
É frustrante. Encontrei o vestido perfeito para ir a um casamento, mas não há o meu tamanho. Ou, se há, o fecho está estragado. Ou eu queria em rosa e só há em branco. E não quero que me confundam com a noiva!

8 - Ser tentada a comer fast food
Isto é algo que mexe comigo. Quero ter uma alimentação mais saudável e até faço muito por isso. Mas quando me imagino num centro comercial e sei que vou ter de comer lá... oops. Não sou ora assim tão indiferente ao chamamento de hambúrgueres e pizzas quanto gostaria. E, apesar de muitas vezes optar por refeições mais equilibradas, há shoppings mais pequenos que ainda não dispõem de um leque tão alargado na restauração.


9 - As viagens de carro
Sim, quando quero ir a um shopping tenho de fazer, pelo menos, uma hora de viagem. Vivo numa cidade, capital de distrito (adoro salientar este aspecto), mas por aqui só há hipermercados e algumas lojas do comércio tradicional. Shopping ou Fórum, como lhe queiram chamar, só fazendo a viagem de carro, o que também se torna cansativo.

10 - Não aproveitar bem o tempo
Como tenho que me deslocar perco tempo nas viagens, a somar ao tempo que passo no shopping... muitas vezes tenho de andar à pressa, o que me causa um pouco de stress. Por isso, e uma vez que não tenho um centro comercial ao virar da rua, acho que é preferível aproveitar o tempo para ler, ver um bom filme ou descansar. Sim, devo ir a caminho dos trinta. (risos)



18 fevereiro, 2016

Dizer não, porque sim!

Não quero. Não posso. Não vou. Não me apetece.

«Eu queria dizer que não, mas não consigo...!» (Dengaz feat. Matay)

Teoricamente não se deve começar um texto com a palavra Não. Parece que se cria logo uma espécie de carga negativa, verdade? Talvez seja por isso que é tão difícil para as pessoas dizerem não - aos outros e a si próprias.


Pode parecer uma palavra banal que aprendemos logo nos primeiros meses de vida, mas tem um peso considerável nas nossas decisões. Os primeiros não's começam desde cedo. Dizemos aos pais que não queremos comer sopa nem legumes, recusamos fazer os trabalhos de casa porque preferimos brincar, não queremos ir para a cama tão cedo e, quando chega a adolescência, não queremos usar mais aquelas roupas que consideramos antiquadas. 
Depois, conforme vamos crescendo, cresce também o medo de usar a palavra não, que sempre esteve tão presente no nosso vocabulário. 


Atualmente reina a aceitação geral, o politicamente correcto, a passividade. Por vezes uma pessoa não se apercebe o quanto isso a pode consumir por dentro. O quanto a submissão aos outros aprisiona e cria o medo de mudar.

Terminar uma relação, mudar de emprego, ou sair de casa... são decisões em que se renuncia, mas em que, ao mesmo tempo, se abrem portas e janelas a novas possibilidades. O que é extremamente positivo e revitalizante a nível pessoal. Mas nem preciso de ir tão longe. Recusar um convite, dizer que não a um vendedor que nos aborde, desmarcar uma reunião... há quem tenha sérias dificuldades em fazer isto. Por quê? Talvez pelo medo da rejeição, por medo de magoar o outro, pelo sentimento de culpa que fica em nós quando negamos um favor a alguém.

A meu ver, dizer não não faz de nós menos prestáveis. Não faz de ninguém mal educado - mas utilizem o "não, obrigado", por favor! Não faz de nós pessoas fracas. Pelo contrário, é precisa coragem para o dizer, em muitas situações. Não nos faz perder amizades, permite marcar a nossa posição e vinca a nossa personalidade. 


Que importa agradar a todos (um feito praticamente impossível), se temos de nos anular para isso?
O nosso inimigo não é a palavra não. É o silêncio.

Para quê calar e consentir algo que nos incomoda? Para quê aceitar certos comportamentos alheios  que são destrutivos? Se não te sentes bem na companhia de tal pessoa, simplesmente afasta-te. Se te pedem favores que não estão ao teu alcance, pede desculpa e recusa. Se não te apetece fazer o jantar para a famíla esta noite, estás no teu direito, vai comprar fora. Se não concordas com a opinião do teu professor, aceita-a e dá a tua, por mais oposta que seja. 

Algumas pessoas têm medo de não ser apreciadas, têm baixa auto-estima e dificuldade em discordar, fazem todos os possíveis para ser aceites. Depois cria-se uma espiral e espantam-se quando usam e abusam da sua boa vontade. Não tem que ser assim, isso é uma tremenda desvalorização pessoal e contribui para um conflito interno. 

Faz bem dizer um não. Liberta-nos
Faz bem ouvir um não. Faz-nos crescer.


Dizer que não aos outros, muitas vezes significa dizer que sim a nós próprios. Somos os principais responsáveis pelo nosso bem-estar.  Por isso, é importante fazer uma introspectiva pessoal e ver em que áreas da nossa vida temos de dizer não. Também temos que nos contrariar, de nos educar para ser quem queremos ser. Gritar um não aos nossos fantasmas, aos nossos medos, e rumar para novas direcções. 

Por mais contraditório que possa parecer, um não tem a capacidade de resolver muitos problemas. Dizer um não é dizer o que queremos. É a nossa vontade expressa nesse momento. E, se não estamos onde queremos estar, um não à inércia é apostar nos nossos sonhos. 

Não tenho mais nada a acrescentar, a não ser comprometer-me com um eterno sim a mim mesma e às minhas convicções.

16 fevereiro, 2016

Grammy Awards: prémios, imprevistos e homenagens

A 58º edição da cerimónia dos Grammy Awards teve lugar ontem, em Los Angeles, e marcaram presença grandes nomes da música como Taylor Swift, Lady Gaga e Adele. Os nomeados para as diversas categorias reuniam a atenção do público em geral, mas os olhares estavam igualmente centrados nas atuações dessa noite. E foram as performances, ou a falha delas, que marcaram a cerimónia.

Os holofotes estiveram em Taylor Swift, que abriu a noite com a interpretação de "Out of the Woods". Ao que parece, a estrela pop esqueceu-se de uma frase da música, um pormenor que passou despercebido à maioria e que não a impediu de brilhar. Afinal de contas, estamos a falar da vencedora do Melhor Álbum do Ano, com "1989", de Melhor Vídeo Musical, com "Bad blood", e de Melhor Álbum Vocal Pop.


No entanto, os rumores começaram após o discurso de agradecimento da cantora, que deixou uma mensagem subliminar a Kanye West, que a mencionou de forma ofensiva na música "Famous", pertencente ao último álbum do rapper.

E como não falar de um dos grandes vencedores dos Grammy'sKendrick Lamar? Apesar de não acompanhar o percurso nem o repertório musical do rapper norte-americano, tenho de dizer que foi um dos mais premiados



Arrecadou o prémio de Melhor Álbum de Rap com "To Pimp Up a Butterfly", de Melhor Canção e Atuação de Rap, com "Alright", e venceu mais dois gramofones por colaboração em "These Walls" e pelo vídeoclip "Bad Blood" em parceria com Taylor Swift. A performance do cantor foi uma das mais comentadas: o rapper surge acorrentado, num cenário prisional, que evolui para um cenário tribal em chamas, repleto de danças africanas.

Apesar de não estar nomeada para nenhuma catergoria, Lady Gaga foi a eleita para homenagear o falecido astro David Bowie. A cantora fez um medley com as músicas "Space Oddity", "Changes" e "Ziggy Stardust", e recorreu à tecnologia Intel para criar efeitos visuais que conferiram grande dinamismo à atuação.

                                                                                                                                                                                        www.metronews.fr

                                                                                                                                                                                       www.foxnews.com
A performance foi marcada pela cor, pela intensidade e versatilidade de Gaga, que mais uma vez encarnou a "personagem", vestiu o figurino e prestou um tributo à altura de Bowie. 




Já da interpretação de Adele não se pode dizer o mesmo, uma vez que enfrentou problemas técnicos enquanto cantava o tema "All I ask".
A cantora justificou-se, mais tarde, com um  problema ao nível dos microfones do piano, que deu a sensação de tudo estar desafinado. Os imprevistos também estão presentes em cerimónias desta envergadura e, como disse a própria Adele, "acontece".





Quanto a Justin Bieber, venceu pela primeira vez o mais prestigiado prémio da indústria musical graças a "Where Are U Now", premiada como Melhor Gravação Dance/Música Eletrónica. O jovem talento cantou também o tema "Love Yourself" em acústico, juntando-se depois a Diplo e Skrilex, numa explosão de ritmos. Acredito que o álbum "Purpose", de Justin Bieber, estaria nomeado para os Grammy Awards se tivesse sido lançado antes de outubro, data até qual se consideraram os lançamentos/produtos musicais de 2015.
Tem de ser dito: o novo álbum do cantor é maravilhoso e tem surpreendido os críticos. 

www.billboard.com

Quem também mereceu destaque na 58º cerimónia dos Grammy Awards foi Ed Sheeran. O cantor britânico foi distinguido com a premiação de Música do Ano e de Melhor Performance a Solo com o tema "Thinking Out Loud". Já Bruno Mars ganhou na categoria de Melhor Gravação do Ano, com "Uptown Funk" e o grammy para Artista Revelação de 2015 foi para Meghan Trainor.

Um dos grandes imprevistos foi a ausência de Rihanna no Staple Center. A cantora dos Barbados, que já havia ensaiado duas vezes no local da cerimónia, foi recomendada a não atuar devido a uma forte bronquite. Rihanna iria cantar "Kiss is Better", tema do seu recente álbum "ANTI".

13 fevereiro, 2016

Sugestões para o Dia dos Namorados - The Best Of

E assim que chega fevereiro, chega o dia de São Valentim. O dia mais romântico do ano. Bem, mal seria se o auge do nosso romantismo ficasse restrito apenas a um único dia do ano! Mas o que é certo é que esta é uma data carregada de simbolismo e que nos transporta para um outro estado de espírito. Há magia no ar (e muito frio), as ruas vão encher-se de passeios de mãos-dadas, as manifestações de amor são ainda mais públicas, os restaurantes lucram imenso, e, agora a sério, é um dia para valorizar quem está do nosso lado e mostrar o quanto significa.

Nesta época, as superfícies comerciais apresentam uma vasta gama de sugestões de presentes para este dia (mas mesmo assim eu continuo com dificuldade em encontrar o presente certo): flores e chocolates, o eterno cliché, tudo o que tenha corações e seja vermelho é válido! Há canecas com corações, bolos em forma de coração, morangos, livros (uns mais românticos, outros mais ousados, se sabem o que quero dizer), ursos de pelúcia, roupa interior, molduras para se colocar fotografias do casal... estas são as prendas mais temáticas. Depois há as outras que fogem a este boom comercial e que constituem um leque mais alargado, dependendo dos gostos particulares de cada casal.

Mas, e como os presentes não são tudo, elaborei uma lista com as minhas sugestões para o Dia dos Namorados, em diversas áreas. De um filme para assistirem juntos até à maquilhagem ideal.


Sugestões para o Dia dos Namorados


Cinema:
O casamento do meu melhor amigo

 

Este filme é uma excelente aposta para se ver no dia dos namorados, que este ano até calha num domingo. É uma comédia romântica protagonizada por Julia Roberts, que descobre estar apaixonada pelo melhor amigo no dia em que este anuncia que vai casar. Apesar de ser um filme de 97, acho que tem uma história e uma boa disposição intemporais. 


Música: The One - Kodaline




Livro: O Grande Amor da Minha Vida




Para mim, este livro é um clássico. Representa uma história de amor arrebatadora que se inicia com o estalar da Segunda Guerra Mundial. É um livro riquíssimo em contexto histórico e apresenta uma soberba novela amorosa, em que os protagonistas passam por diversas provações e enfrentam os horrores da guerra.


Presentes:
Ela & Ele


                    Jóias Pandora                                                                  Perfume 1 Million

Estas são duas ideias, mas há muitas mais, tal como disse no início. Se quiserem algo mais em conta e que seja a vossa cara optem por fazer uma prenda personalizada. Marcar um jantar surpresa, deixar bilhetes com frases românticas, oferecer um ramo de rosas ou uma caixa de chocolates também são óptimas opções. Como já disse, o importante é celebrar o amor, é estar junto.


Makeup:

 Maquilhagem feita pela Bruna Tavares (Pausa para Feminices)
inspirada na cantora Rihanna




Look Inspiração:

                                     Olivia Palermo                                                              Camila Coelho


Local: Quinta da RegaleiraSintra

Se ainda não visitaram este local, aconselho-vos vivamente a passarem por lá. Estive lá no âmbito de uma visita de estudo e só posso dizer que fiquei encantada pelo espaço. É místico e transborda natureza e arquitectura. Está localizado no centro histórico de Sintra, perto do palácio de Seteais. São quatro hectares cheios de recantos. Pode perder-se pelo Palácio, pelas escadarias e grutas, pelos jardins verdejantes e cheios de vida. Há lagos, varandas, túneis e flores. Um cenário quase idílico que evoca o romance, bem perto de nós.

fotografia: portugalbytaxi.com

Curiosidades: A Origem do dia de São Valentim
Pelo que li, tudo começou na Idade Média. quando o bispo Valentim decidiu casar, às escondidas do Imperador Cláudio II, os casais de apaixonados. É que o Imperador considerava que os solteiros eram melhores lutadores (será que já nessa altura as mulheres atrapalhavam?) e, por isso, proibiu que se casassem. Mas Valentim, tido como justiceiro, e também ele um apaixonado, levou as cerimónias adiante. Acontece que os seus planos foram descobertos e foi condenado à morte. Reza a lenda que, antes de morrer, o bispo escreveu uma carta dirigida à sua amada onde assinou «Seu Valentim, Seu Namorado». 
E, assim, a 14 de fevereiro, data da sua morte, começou a celebrar-se o Dia de São Valentim, conhecido como o padroeiro do amor. 

10 fevereiro, 2016

Estudantes a tempo inteiro: Mais escola, menos família

TRRRIMMM! Hora da saída.

Quem é que não gostava de ouvir o toque da campainha? Nas escolas, era um som aguardado por todos, tornando-se quase num símbolo de liberdade para alunos e professores. (Sim, não adianta levar o assunto só para o lado das crianças!)


De acordo com a imprensa, o Ministério da Educação quer aumentar a carga horária escolar e está a estudar a possibilidade de os alunos até ao 9º ano terem aulas o dia inteiro. O intuito é ocupar os jovens com conteúdos extracurriculares e, ao mesmo tempo, conciliar o horário de saída dos alunos com os dos pais. Há quem aplauda a medida, que a ser aprovada só entrará em vigor em 2019, e há quem levante a voz contra a mais recente ideia do Governo. 

Enquanto alguns pais pensam que vão começar a poupar no ATL - que pela lógica já não será necessário, outros ficam preocupados com o pouco tempo livre dos filhos para a família e outras atividades.

A medida apresentada poderá ser uma esperança para os docentes em situação de desemprego, alega-se, já que será necessária a contratação de mais professores e funcionários.
A avançar, é uma decisão que acarreta um grande investimento. E, para já, não se sabe até que ponto os encarregados de educação e as câmaras municipais não terão de contribuir financeiramente para este aumento da carga horária.

Agora, vamos voltar atrás:


Se a memória não me falha, visto que já se passaram uns doze anos, eu costumava sair das aulas muito antes das 18 horas. Arrumava os livros na mochila à pressa e, quando não ia logo para casa, ficava com os meus amigos. Era comum irmos até uma lojinha para comprar gomas ou ir à loja das sandes comer um cachorro quente. Outras vezes o programa era ir até ao jardim passear, brincar no coreto e nos repuxos, ou simplesmente ver montras de lojas. Costumava regressar a casa de autocarro, o que, parecendo que não, sempre me dava alguma autonomia. E, quando o perdia, não havia problema... tinha sempre companhia enquanto fazia o caminho a pé até casa. Tinha tempo e podia usá-lo como quisesse. E não foi por isso que enveredei por maus caminhos.

Depois fui crescendo, e tive de trocar estes doces momentos por umas horas semanais na explicação de matemática. (Já nessa altura estava mais do que comprovado que a minha paixão não eram os números). E assim o tempo começou a ser distribuído de uma maneira diferente, e eu tomava consciência que o meu dia girava, quase completamente, em torno da escola.

Na verdade todos sabemos que, mesmo depois do toque da campainha, há muito trabalho a ser feito em casa. Os alunos têm os polémicos TPC's, explicações a uma ou mais disciplinas, apresentações para preparar, centenas de páginas para estudar...


Já os professores, diga-se, também não têm vida fácil. Ensinar é um privilégio, mas pode ser, igualmente, uma profissão ingrata. As aulas têm de ser preparadas, há fichas e testes para corrigir, reuniões de departamento, avaliações intercalares, atas para entregar... E muitas vezes leccionam longe da área de residência e têm fazer deslocações ou alugar casa no sítio onde foram colocados. 

Mas o maior desafio é, sem dúvida, lidar com crianças e jovens que tantas vezes têm défices de atenção, são problemáticos ou têm dificuldades de aprendizagem. Quão difícil pode ser captar o interesse de jovens que, hoje, só tomam atenção ao tablet e ao telemóvel? Quantas vezes o professor não sairá da escola esgotado pelas tentativas de disciplinar a turma, de manter a ordem e, até, de conseguir silêncio?!


A ideia que pretendo transmitir é a de que todos precisamos de tempo nas nossas vidas. É preciso que haja um tempo para se ser criança, como eu fui. É preciso que haja um tempo para brincar com os colegas e vizinhos. Tempo para estar em casa com os pais e brigar com os irmãos. Tempo para se conversar e ver televisão. Tempo para respirar e para se ter vida para lá das obrigações diárias. Tempo para que o crescimento possa ser de qualidade. 
Equilíbrio, meus senhores! É o essencial.

Esta é uma questão transversal. Há que haver, igualmente, liberdade para os próprios professores. Que também têm família, também são pais. E que, muitas vezes, passam mais tempo com os filhos dos outros, do que com os seus próprios.

Estas perspectivas do Governo, a avançarem, só vão acentuar de uma forma abismal uma lacuna já existente na vida de alunos e professores. 

08 fevereiro, 2016

A nova Era de Lady Gaga - Super Bowl

A primeira vez que fui ao Pavilhão Atlântico, hoje conhecido por Meo Arena, foi para assistir ao concerto desta senhora: Lady Gaga. Que, este domingo, espantou todos com a sua interpretação do hino nacional americano, no evento da Super Bowl.

Fez-se silêncio no Levi's Stadium, na Califórnia, para se ouvir o hino pela portentosa voz de Gaga. A performance da cantora foi digna de uma ovação geral da plateia e as atenções focaram-se nela. De bizarra e extravagante, passou a símbolo da música pop atual, de acordo com a imprensa e as redes sociais. Já se chegou, até, ao ponto de comparar a atuação de Lady Gaga à de Whitney Houston, no Super Bowl de 1991.


Depois do fracasso do álbum Artpop (2013), a cantora tem vindo a reinventar-se e é artista de destaque durante o mês de fevereiro, uma vez que marcará presença nos Grammy Awards (15/02) para uma homenagem ao falecido David Bowie, e na cerimónia dos Óscares (28/02), em que concorre à categoria de melhor música original com o tema Til it happens to you.

Eu sou suspeita para falar acerca de Lady Gaga, pois sou, há muito, uma fã assumida da cantora. Comecei por gostar do seu estilo logo que lançou o álbum The Fame (2008), que já apresentava um certo refresh na música pop, que a fazia destacar-se. Nesta altura ouvia-se a música de Gaga nas rádios e os videoclips eram transmitidos incessantemente na MTV. Era uma febre. 
Eu costumava dizer que Lady Gaga era a nova estrela pop e que tinha, de certeza, um futuro promissor na música. Não me enganei.
Mas muita gente dizia, na altura, que o sucesso de Gaga seria passageiro e que dali a um tempo já ninguém falaria nela. Enganaram-se.


Contudo, e principalmente quando foi lançado o álbum Born this Way (2011), tive alguma dificuldade em gerir o que Lady Gaga nos apresentava. Adoptou um visual mais irreverente, sombrio, e alguns dos vídeos tinham cenas um pouco bizarras. Mas independentemente disso, a qualidade das músicas e a voz permaneciam imutáveis. E é isso que me fascina na Gaga: a sua capacidade de se adaptar a vários estilos. Ora canta Just Dance, um tema totalmente pop, como interpreta um futurista Bad Romance, e deslumbra num acústico de Speechless. Ao mesmo tempo, a cantora também ganha espaço na ficção, tendo recebido o Globo de Ouro de melhor atriz pelo papel que desempenhou na série American Horror Story: Hotel.


Há uns anos, sempre que se sabia que Lady Gaga ia estar presente num evento, apostava-se qual seria o visual inusitado com que se ia apresentar. Certamente todos se lembram disso. Algum tempo depois, e para meu próprio espanto, assisto a uma Gaga mais comportada, mais crescida musicalmente, ao lado de Tony Bennett. É, realmente, uma artista completa, que em muito me faz lembrar o percurso de Michael Jackson. Aprecio-lhe a irreverência, a ousadia de experimentar novos sons, a personalidade forte em palco.


Este domingo (7/02), teve o merecido privilégio de interpretar The Star-Splanged Banner naquele que é considerado o maior evento desportivo dos EUA, transmitindo força e delicadeza numa performance arrebatadora. A meu ver, foi a surpresa da noite, embora haja quem atríbua a proeza a Beyoncé, que atuou juntamente com Bruno Mars e os Coldplay.

Já quanto ao duelo desportivo não há dúvidas: Denver Broncos foi a equipa vencedora da 50ª edição da Liga de Futebol Americano. Um evento anual que reúne adeptos desportivos, grandes artistas musicais, e que atrai milhões de espectadores, bem como enormes investimentos publicitários.

06 fevereiro, 2016

Um depósito de motivação, por favor

A minha mãe está a pensar em trocar de automóvel. E é daquelas pessoas que precisa sempre de um empurrãozinho para tomar alguma decisão. Por isso, quando a ouvi falar numa suposta aquisição encarei o assunto com certa descrença. Sabia que desde a ideia inicial até à concretização do negócio, passando pela escolha do modelo, iam demorar meses. A conversa começou logo no início de janeiro. E ora a minha mãe dizia que tinha de tratar do assunto, como pouco depois acrescentava que se calhar «só lá para os fins de junho». Entendem agora a minha descrença? Mas bem, vamos continuar com a história... isto foi só uma introdução. 

Pelas minhas contas, na nossa cidade, já visitámos quatro stands de automóveis ao longo deste último mês. É verdade, não percebemos muito de carros, mas a senhora minha mãe alega que «não percebia, mas tive de começar a perceber». E eu vou pelo mesmo caminho, agora que já me familiarizei com as cilindradas do motor e os cavalos, entre outras características. Em suma, tornei-me visitante assídua dos sites de algumas marcas de automóveis.

Posso adiantar, contudo, que a minha mãe, até à data, ainda não comprou o carro. O motivo?
Os vendedores.



Dos chefes de vendas por quem fomos atendidas quase nenhum se mostrou interessado em vender. Eu própria fiquei um pouco perplexa porque tinha ideia que, dado o valor do negócio, e os tempos que se vivem,  o papel do vendedor seria mostrar entusiasmo, cativar o cliente, valorizar o produto. Alguns até o fizeram, é certo, mas sem a «alma do negócio». Usando um tom de voz passivo e sem grande ânimo, sem grande insistência. 

Não vou ousar ser generalista, até porque houve alguns que se mostraram extremamente solícitos. E, como leiga no assunto, não sei como é a realidade em outros stands do país. Mas tenho de admitir que foi algo que encarei com estranheza. Claro que há pessoas mais sérias, outras mais expressivas, umas que apelam ao lado emocional e outras que seguem uma linha mais metódica. Tudo isso já está em cima da mesa. Mas o que será que falta a estas pessoas para não transmitirem ao cliente o que é suposto? Falo da confiança, da simpatia, do bom atendimento, da informação que prestam, da solicitude.

Com estas interrogações que fiz a mim mesma, passei do sector automóvel para a vida, na sua generalidade. Será que temos a motivação suficiente para realizar as nossas tarefas de cada dia? E se não, a culpa será nossa? Das circunstâncias? 


A motivação é como um estímulo, algo que nos impulsiona para a frente, para a realização. Quando esse gatilho não é accionado por nós fazemos as coisas porque sim. Porque tem de ser. Porque não há outra alternativa. Porque nos mandam. 
Mas não devia ser assim. Devia fazer-se porque se quer e porque se gosta. Porque se tem orgulho em atingir mais um objetivo, seja de que natureza for.
Esta história faz-me pensar que uma pessoa se apercebe de tudo. Sabe ver se o sorriso é verdadeiro, se o outro está cansado ou bem-disposto. Muitas vezes não nos apercebemos do quão transparentes somos.

Venha uma dose de entusiasmo, por favor!
Isso pode fazer a diferença entre vender, ou não, um carro.

Mas mais importante: faz a diferença na maneira como se lida com a vida e com as pessoas. 

04 fevereiro, 2016

Filme: «O Estagiário»

Há umas semanas vi este filme e fiquei deliciada com a história e com as personagens que lhe dão vida. Trata-se de um filme leve, com um humor descontraído e um roteiro cativante na medida certa.
«O Estagiário» é um filme dirigido por Nancy Meyers e junta o grande Robert de Niro e a sempre encantadora Anne Hathaway.

O filme chegou aos cinemas a 1 de Outubro de 2015, mas só agora tive oportunidade de assistir. Antes de mais: tenho de confessar que sou um pouco esquisita com filmes. É uma característica minha. Nem todos os géneros me agradam. Mas esta comédia correspondeu às minhas expectativas. 


Robert de Niro interpreta Ben Whittaker, um homem de 70 anos, viúvo e reformado - mas ainda cheio de potencial - cuja rotina passa por praticar yoga, ler o jornal e ir aos funerais dos amigos. Mas Ben sente-se capaz de enfrentar novos desafios e recusa-se a ser mais um sénior aposentado. Assim, quando sabe que estão a recrutar estagiários com mais de 65 anos para uma recente start-up de moda online, não hesita em se aventurar.

 «Ouvi dizer uma vez que os músicos não se reformam. Param quando não têm mais música dentro deles. Bem, eu ainda tenho música dentro de mim. Tenho a certeza absoluta disso.» 

Esta fantástica analogia faz parte do discurso que Ben gravou para se candidatar e é uma das cenas iniciais do filme.
Como seria de esperar, Ben é aceite na empresa liderada por Jules Ostin (Anne Hathaway), uma mulher obstinada pelo trabalho e que, a princípio, não aceita da melhor maneira a chegada de novos estagiários. Demasiado ocupada, Jules começa por quase ignorar o seu estagiário assistente, mas com o desenrolar da acção, vai-se apercebendo das qualidades de Ben e do quanto ele pode ser útil à empresa.
Desta forma, Ben Whittaker passa de um mero estagiário sénior ao braço direito da CEO. Está sempre presente, antecipa soluções e apoia Jules profissional e emocionalmente, surgindo uma bonita amizade entre os dois.


É um filme que vem reforçar a importância dos seniores serem activos. Por quê deixar adormecer a sabedoria de uma vida só porque se está mais velho? Como o próprio slogan diz: a experiência não tem idade. E isso está evidente ao longo de toda a cena. Vê-se um Ben competente, profissional e cheio de boa disposição. Realmente, é importante estimular a mente e o corpo, estar activo e sentir-se útil. E isto vale tanto para seniores como para qualquer faixa etária. É bom ter uma ocupação, fazer o que nos dá vida, enquanto estamos vivos. O filme aborda, também, o confronto de gerações e os desafios que uma mulher pode enfrentar no mundo dos negócios. 
É indicado para uma tarde de sábado em que vos apeteça descontrair.
E lembrem-se: eu sou esquisita e gostei.
Logo, é bom! (que bonito raciocínio - risos)

Caso já tenham assistido ao filme escrevam-me a vossa opinião.

02 fevereiro, 2016

Teimosia em movimento

Sou teimosa. Pois sou. A minha mãe diz-me isso, o meu namorado diz e volta a repeti-lo. Às vezes ainda acredito, de mim para mim, que possa ser exagero da parte deles. (São as pessoas que mais bem me conhecem e, provavelmente, às quais me mostro com todas as minhas características). 
Mas em dias como o de hoje eu tenho de admitir que consigo ser extremamente teimosa. Mas vamos por partes! Calma, que isto pode não ser um defeito...

Segundo o dicionário teimosia significa apego obstinado às próprias ideias, cisma, afincamento, obcecação, persistência... e por aí vai. Mas leram bem? Persistência. Na minha óptica é algo de positivo. 
Agora fora de brincadeiras; Eu não sei se sou teimosa ou se tenho uma grande ânsia de conseguir aquilo que realmente quero. São perspectivas diferentes. E tenho receio de fracassar quando me deparo com alguns obstáculos. Quando isso acontece sinto-me aflita, como se tivesse de arranjar um plano B e um plano C, qualquer coisa, para conseguir atingir o meu objectivo primordial. Também há quem chame a isto lutar pelos seus sonhos. (Olhem como eu dei a volta à teimosia tão depressa!)


A verdade é que não espero que tudo seja fácil. Sei que a vida não é tão perfeita como eu vejo nos perfis de instagram alheios. Mas há uma força dentro de mim que me grita para eu continuar. E não consigo, nem pretendo, fazê-la calar. Porque essa força que me fala, na realidade, vem de mim, e sou eu. E às vezes dou comigo a pensar: já deleguei tantas coisas para segundo plano que agora é a altura de ser a pessoa que quero ser. Há que libertar-me das amarras que me prendem e avançar, mesmo que sozinha.

Sei que possivelmente não estão a entender o contexto de toda esta história, mas daqui a umas semanas já vos poderei dizer se fui adiante com a minha bendita teimosia! (risos).
Até lá vou munir-me de todos os argumentos, de toda a persuasão, de toda a boa vontade do mundo. Vou estudar os caminhos principais e os atalhos. E no final vou chegar ao meu destino.