Nem de propósito. O tema que abordei no último post (Tecnologia à Mesa) está, realmente, a ganhar contornos de outras dimensões.
Tudo começou no Mobile World Congress 2016, que decorreu no passado domingo, em Barcelona.
Mark Zuckerberg, conhecido fundador e CEO da rede social Facebook, fez uma aparição surpresa na Conferência da Samsung para falar acerca dos novos smartphones e gagets da marca. Até aqui, tudo normal. A questão é que o empresário norte-americano passou despercebido por entre a plateia, como se tivesse vestido o manto da invisibilidade de Harry Potter. Estranho?
Isso foi o que acharam os internautas ao verem esta fotografia, publicada pelo próprio Zuckerberg no seu perfil de Facebook. A imagem conta já com milhares de partilhas e está a lançar uma acesa discussão acerca do futuro da humanidade, numa era crescente em tecnologias.
A plateia estava a testar publicamente a câmara Gear 360 da Samsung, que no fundo são uns óculos de realidade virtual. Os jornalistas também participavam desse teste e estavam de tal forma alienados que ignoraram a passagem de Mark Zuckerberg, que parece ser a única pessoa lúcida na imagem. Só quando retiraram o aparelho é que se aperceberam de que o CEO estava na sala e começaram a disparar as habituais perguntas.
Mark Zuckerberg considera que estes aparelhos poderão permitir a criação de uma nova plataforma social, tendo como base a tecnologia de realidade virtual. O que nos remete a uma antevisão do futuro que muitos consideram "arrepiante".
Muitas comparações surgiram entre este acontecimento e o famoso filme Matrix, em que as pessoas são usadas e controladas através da tecnologia e lutam para se livrar do domínio das máquinas, numa era de Inteligência Artificial. A distância entre a ficção e a realidade parece estar a diminuir e há quem considere que este é apenas o prenúncio do futuro. As reacções gerais são de espanto e incredulidade, de um certo receio. Até que ponto tudo isto se poderá tornar numa tenebrosa realidade daqui a cinquenta anos? Não se está apenas a testar tecnologia avançada, os paradigmas estão a ser invertidos. Está a crescer uma dependência humana para com softwares eletrónicos, e surge a questão: usamos as máquinas ou estamos a ser usados por elas?
Muitas comparações surgiram entre este acontecimento e o famoso filme Matrix, em que as pessoas são usadas e controladas através da tecnologia e lutam para se livrar do domínio das máquinas, numa era de Inteligência Artificial. A distância entre a ficção e a realidade parece estar a diminuir e há quem considere que este é apenas o prenúncio do futuro. As reacções gerais são de espanto e incredulidade, de um certo receio. Até que ponto tudo isto se poderá tornar numa tenebrosa realidade daqui a cinquenta anos? Não se está apenas a testar tecnologia avançada, os paradigmas estão a ser invertidos. Está a crescer uma dependência humana para com softwares eletrónicos, e surge a questão: usamos as máquinas ou estamos a ser usados por elas?
As questões surgem incessantemente e teme-se o retrato de uma sociedade isolada, incapacitada de pensar, embrenhada na ilusão de um mundo virtual, esquecida do seu papel na sociedade e à mercê dos grandes líderes.
«Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse a interação humana.
O mundo terá uma geração de idiotas.»
Albert Einstein.