01 dezembro, 2018

Não sei de mim.

Procuro-me nas veredas da vida,
Perco-me nas curvas obscuras
E às vezes não sei de mim.
Vejo caminhos ocultos que não sei reconhecer.
Entrelaço memórias e sonhos,
Sinto que estou longe de onde devia estar.

Faço pausas e revejo-me, por momentos, em espelhos acutilantes.
Quero à força o regresso de um passado meu.
Quero esconder-me em baixo das copas,
Resguardar a minha alma do que não posso controlar.
No coração a esperança e a fé,
A vontade de voltar a encontrar-me
Nas ruas perdidas onde já soube ser feliz sem pensar.