Tive de mudar de canal. Há limites. Abordem temas interessantes, culturais, de iniciativas, de casos de sucesso, de novos artistas, de feitos inspiradores, de conquistas, de viagens, de humor. É disso que precisamos. As pessoas não querem ouvir falar de doenças. Eu, pelo menos, não gosto. Faz-me mal. É doentio. Tem uma carga muito pesada. Deixa-me incomodada, preocupada, assustada. Os programas de entretenimento deviam fazer isso mesmo: entreter, distrair, aliviar as tensões do dia-a-dia, e não produzir o efeito contrário nos telespectadores. Qual é a pessoa que depois de um dia de trabalho cansativo se sente bem ao chegar a casa e ser bombardeado com testemunhos de pessoas que sofrem de doenças graves? Atenção, não estou a falar de um caso. Num único programa, e pelo que fui ouvindo enquanto fazia outras tarefas, contabilizei três casos, três doenças diferentes, isto no espaço de duas horas. Depois disso tive de desligar, apesar da televisão só estar a servir como barulho de fundo. Mas, convenhamos, até assim me senti desconfortável.
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Sou a favor da população estar informada sobre estes assuntos, e é claro que os media têm o dever de prestar serviço público, mas vamos dosear isto um pouco! Concordo, e sou espectadora, das acções de sensibilização e alerta para as mais variadas doenças. É importante consciencializar as pessoas através de campanhas de prevenção, mostrar-lhes quais os principais sintomas a ter em conta e quais as novas terapêuticas. Excelente. Isso é informar. O resto é esmiuçar o tema, é mexer com o dedo na ferida, é explorar a dor das pessoas, é propagar um contágio de ideias negativas.
Ao invés disso, falem de saúde, de alimentos que curam, da prática de exercício físico, ou então de música, de bons livros, de peças de teatro, de amizade e de amor. Afinal, é isso que faz as pessoas felizes e cultas. Estes programas são mais direccionados para a população idosa, eu estava a ver por mero acaso. Felizmente tenho vários canais ao meu dispor, cada um com a sua temática, mas as pessoas mais velhas provavelmente não têm. Estão restringidas aos quatro canais generalistas, o que significa que vão estar a ouvir falar disto praticamente todos os dias e a focar a sua atenção em doenças.
E não, não sou insensível perante os problemas dos outros, quando digo isto estou a pensar também nas pessoas que já sofrem de alguma patologia e que, com certeza, se querem abstrair disso.
Resumindo e concluindo: que haja informação, mas que não afundem as pessoas na desgraça. Os programas de televisão devem funcionar como um escape à vida, que por vezes pesa e dói, eu sei. Por isso, há que torná-la mais leve.
Os únicos canais que vejo com alguma assiduidade é o National Geographic, Odisseia e História. Depois, SIC Noticias e TVI 24 e o resto dispenso!
ResponderEliminarTenho a mesma opinião que você, Paula. Há um tempo não assisto tv, mas quando a ligo, sempre me deparo com notícias dessa natureza que citou no texto. Se meu dia já foi cheio e me deixou cansada, quero algo que acalme meus nervos e possibilite alguns minutos de divertimento.
ResponderEliminarÉ por isso que eu não vejo esse tipo de programas, é uma depressão constante...as pessoas que estão em casa, principalmente a população mais idosa cuja tv é, por vezes, a única companhia, querem ver algo que as anime e não algo que as deixem mais deprimidas.
ResponderEliminarQuase já não vejo tv, tal é a ideia que tenho dela!
ResponderEliminarComo te compreendo....por isso como referi á dias num Diário meu,não vejo televisão e principalmente esses canais que quase que aposto quais são! É realmente demais..é sempre todos os dias igual...Ufff..o que se aprende com isso é a Negatividade..e eu fujo dela a 7 pés. Gosto mais das coisas positivas,informativas,enfim..isso dá me mais vida . Adorei o teu Diário de hoje.Beijokas Linda.
ResponderEliminar❤ Célia Santiago
Diário Feminino
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Ohn querida Paula, muito obrigado! que feliz eu fico ao ler isso!!!
ResponderEliminarEntão sofres tanto quanto eu. é terrível :(
Compreendo-te perfeitamente, Agora raramente vejo televisão, para te ser sincero e faço-o porque não há nada que me atraia, por ser tudo mais do mesmo, ou por ser tudo demasiado negativo. Precisamos de programas que abram mentalidades, sim, mas que ao mesmo tempo nos ensinem e nos cativem!
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