Livros nunca são de mais. Há sempre um que queremos ler. Há sempre mais um que ficamos a namorar quando passamos pela livraria. Há sempre um novo e imperdível lançamento do nosso autor preferido. Há sempre um clássico que ainda não lemos e que não pode faltar na nossa biblioteca pessoal. Há sempre o livro certo para nós, naquele momento que é o agora.
Sou uma pessoa tão apaixonada por livros. Obrigada, mãe. Conforme dizes, foi desde pequena que me incutiste esta prática da leitura. Comecei por folhear livros infantis, cheios de desenhos e bonecos, depois fui crescendo e à minha estante foram-se juntando livros de outro género, mais direccionados para jovens crianças e adolescentes. Lembro-me perfeitamente dos livros que marcaram essa minha transição para o mundo dos "mais crescidos". Estou a falar das colecções de "Uma Aventura" e de "Os Cinco", obras certamente conhecidas da maioria que me lê. Lia tão rápida e interessadamente que em dois dias tinha o livro dado como lido. Que viesse o próximo. E veio sempre, um livro atrás do outro. Cresceu o interesse por outros enredos e por novos autores que fui conhecendo enquanto eu própria crescia, e a minha mente foi pedindo mais qualidade, o meu cérebro mais raciocínio. Houve uma época em que me rendi à saga de Harry Potter, de J.K. Rowling, (quem não?) li quatro livros, apesar de ter seis em casa. Escusado será dizer que no pico da minha adolescência fiquei presa a romances e até hoje, reconheço, é um dos meus géneros literários/narrativos predilectos. Quando me iniciei na leitura de romances comecei pelos famosos livros do escritor Nicholas Sparks. Hoje em dia, sou sincera, tenho dificuldade em voltar a ler algo do autor. Foram tantos os livros que li, um atrás do outro, que me apercebi que as histórias eram praticamente moldes umas das outras e acabei por me cansar um pouco desse estilo de escrita tão somente baseado no romance. Acredito que talvez daqui a uns anos eu possa dar outra oportunidade a Nicholas Sparks, que é sem dúvida merecedor de todo o sucesso que tem alcançado, mas que neste momento não satisfaz por completo as minhas necessidades enquanto leitora. Posto isto, e uma vez que deixei este escritor de lado, conheci outros, e é tão empolgante reconhecer que cada um tem o seu registo pessoal. Joanne Harris, Nora Roberts, Lesley Pearse, Dorothy Koomson, Jodi Picoult, Paullina Simons, são escritoras que me foram acompanhando até hoje. São extremamente talentosas e já me fizeram sentir tanto ao ler as páginas e as histórias que escreveram. Mais tarde, numa outra publicação, posso mencionar quais os meus livros favoritos de cada uma destas escritoras e fazer uma breve resenha deles.
Agora, em pleno ano de 2016, noto que o meu interesse literário está novamente a sofrer uma metamorfose. Se de há uns anos para cá já escolhia romances com uma boa trama de fundo e baseados em histórias reais, agora isso tem vindo a intensificar-se. Se houver um livro sobre guerra, catástrofes, causas humanitárias, muito provavelmente eu vou querer tê-lo. Não me refiro a livros de história "pura e dura", mas a romances cujo palco são momentos marcantes da história mundial. Esse enlace entre ficção e realidade é desafiador para o autor e bastante informativo para o leitor.
Neste momento de viragem pessoal, e também literária, existem quatro livros que quero ter, desesperadamente, em cima da minha banca de cabeceira.
"Toda a Luz Que Não Podemos Ver", de Anthony Doerr. Recebeu o Prémio Pulitzer 2015 - Ficção. Já tenho este livro, mas ainda não comecei a ler. Trata da II Guerra Mundial e dos ataques de Hitler. Mais não digo porque mais tarde pretendo escrever sobre o livro aqui no blog.
"Vaticanum", de José Rodrigues dos Santos. Um livro sobre o Papa, a Igreja e o Estado Islâmico.
"O Diário de Anne Frank". Um clássico. O relato verídico de uma jovem que foi obrigada a esconder-se durante a ocupação Nazi a Amesterdão.
"A Rapariga do Comboio", da autora Paula Hawkins. Um livro cheio de mistério e intriga que consegue agarrar o leitor do início ao fim.
Possivelmente alguns destes livros serão os meus presentes de aniversário e de Natal, e como ficarei feliz! Costumam dizer que as viagens são um investimento que nos deixa mais ricos, eu concordo, e acrescento que o mesmo se passa com os livros. Um livro deixa-nos tão ricos, tão completos, tão conhecedores! Eu tenho, neste momento, dois livros para terminar de ler, mas como se nota já estou a acrescentar mais uns quantos à minha estante. Porque os livros são assim, são um amor que não tem fim.







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